quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Estava vivendo...

Sim... Aqui em Sampa temos que determinar prioridades, e tentar, pelo menos, realizá-las... As opções são vastas, o tempo mais curto, a vida mais corrida...
Hoje a prioridade foi fazer uma pausa à noite... para ler, tomar minha taça de vinho e vir postar alguma coisa no blog... E o que me apareceu foi a Clarice, sempre presente... Sempre um presente.

“Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade.”

E penso que tenho conhecido cada vez mais e mais pessoas que vivem criando "as mais falsas dificuldades" para essa coisa clandestina que é a felicidade...
E não entendo o porquê.

Um comentário:

Adri disse...

tenho uma amiga que sabe esse texto de cor. uma vez, ela foi a meu convite declamá-lo para uma turma de melhores contos brasileiros. AMO esse texto... AMO!