terça-feira, 3 de agosto de 2010

A (não) revelação

Hoje eu pensei em te falar. Pensei em te comprar um presente, pensei nos versos que escreveria nele. Pensei em te mostrar e fazer tanta coisa. Essas coisas que há tempos eu ando escondendo das pessoas e de mim mesma. Porque essa intensidade suga minhas energias. E até que andava bem nos últimos tempos, fingindo viver sem ela. Isso de cidade grande, que te empurra para o nada emocional...
E aí vem você, com esses olhos tão profundos... espelhos que refletem uma imagem já tão esquecida de mim... mulher, bonita, leve, poeta...
E é quando essa vontade de beber a vida até a última gota toma conta de mim, quando sou invadida por uma beleza imensa vinda de coisas tão pequenas, quando aprendo a, finalmente, me distrair – aquela necessária distração de que você tanto falava, esses mesmos olhos me olham, já vazios, e se fecham, em despedida.

"E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim." - Caio Fernando Abreu

domingo, 18 de julho de 2010

Esses olhos de ressaca... e de eterna esperança...

Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo, gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça.. ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.

Caio Fernando Abreu

It's all that I want now!

IRIS
Goo Goo Dolls

And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now
---
And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
And sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight
---
And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
---
And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive
---
And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
---
And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
---
And I don't want the world to see me
'Cause I don't think they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tão simples...

SABER VIVER

Não sei...
Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo.
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.

(Cora Coralina)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Minha carta de ontem, no supreendente Tarô do OSHO...

As pessoas têm muito medo daqueles que conhecem a si mesmos. Estes têm um certo poder, uma certa aura e um certo magnetismo, um carisma capaz de libertar os jovens, ainda cheios de vida, do aprisionamento tradicional...
O homem iluminado não pode ser escravizado - este é o problema - e não pode ser feito prisioneiro... Todo gênio que tenha conhecido um pouco do seu íntimo está fadado a ser um pouco difícil de ser absorvido: ele deverá ser uma força perturbadora. As massas não querem ser perturbadas, ainda que se encontrem na miséria; estão na miséria, mas estão acostumadas com isso, e qualquer um que não seja um miserável parece um estranho.
O homem iluminado é o maior forasteiro do mundo; ele parece não pertencer a ninguém. Nenhuma organização consegue confiná-lo, nenhuma comunidade, nenhuma sociedade, nenhuma nação.

Osho The Zen Manifesto: Freedom from Oneself Chapter 9

Comentário: A figura de poder e autoridade desta carta é, visivelmente, de alguém que é senhor do seu próprio destino. Em seu ombro, há uma representação do sol, e a tocha que ele segura na mão direita simboliza a luz da sua própria verdade, arduamente conquistada.
Rico ou pobre, o Rebelde é de fato um imperador, porque quebrou as correntes do condicionamento repressivo e das opiniões da sociedade. Ele deu forma a si mesmo abraçando todas as cores do arco-íris, aflorando das raízes obscuras e amorfas de seu passado inconsciente, e criando asas para voar para o céu. A sua própria maneira de ser é rebelde -- não porque esteja lutando contra alguém ou contra qualquer coisa, mas porque ele descobriu a sua própria natureza verdadeira e está determinado a viver de acordo com ela. A águia é o animal com o qual se afina espiritualmente, um mensageiro entre a terra e o céu.
O Rebelde nos desafia a ser suficientemente corajosos para assumir responsabilidade por quem somos, e para viver a nossa verdade."

quinta-feira, 27 de maio de 2010

...

Quero colo.

sábado, 22 de maio de 2010

Ainda no espírito do post passado... SOU EU!

"Eu nunca fui uma moça bem-comportada.
Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.
E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar…
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou."
Maria de Queiroz.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ela de novo, me consumindo...

Clarice, Clarice...
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Estremeço de prazer por entre a novidade de usar palavras que formam intenso matagal. Luto por conquistar mais profundamente a minha liberdade de sensações e pensamentos, sem nenhum sentido utilitário: sou sozinha, eu e minha liberdade. É tamanha a liberdade que pode escandalizar um primitivo, mas sei que não te escandalizas com a plenitude que consigo e que é sem fronteiras perceptíveis. Esta minha capacidade de viver o que é redondo e amplo - cerco-me por plantas carnívoras e animais legendários, tudo banhado pela tosca e esquerda luz de um sexo mítico. Vou adiante de modo intuitivo e sem procurar uma idéia: sou orgânica. E não me indago sobre os meus motivos. Mergulho na quase dor de uma intensa alegria – e para me enfeitar nascem entre os meus cabelos folhas e ramagens (...).
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Sou uma filha da natureza:
quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo,
de um mistério.
Sou uma só...
Sou um ser.
E deixo que você seja.
Isso lhe assusta?
Creio que sim.
Mas vale a pena.
Mesmo que doa.
Dói só no começo.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ai, eu preciso repetir...

Sim, porque, frequentemente, sinto-me uma E.T. nesse mundo de pessoas estranhas...
'Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece.'
Clarice Lispector
(Mas, juro, eu não amanheço assim em cólera... Eu rezo todos os dias antes de dormir, nesses momentos sempre acredito na humanidade (com h minúsculo e maiúsculo!), eu acordo também acreditando e disposta a manter esse espírito... E aí o dia vai passando, as pessoas só pensam em si, as pessoas não sabem o significado de amizade, as pessoas não sabem o significado de respeito e consideração, as pessoas não sabem o significado de coletividade, as pessoas não sabem o significado de educação... e eu, a cada dia que passa, penso que estou desaprendendo o significado da palavra fé.)

Porque é linda...

AMIGO É PARA ESSAS COISAS
Composição: Silvio Silva Júnior/Aldir Blanc

- Salve!
- Como é que vai?
- Amigo, há quanto tempo!
- Um ano ou mais...
- Posso sentar um pouco?
- Faça o favor
- A vida é um dilema
- Nem sempre vale a pena...
- Pô..
.- O que é que há?
- Rosa acabou comigo
- Meu Deus, por quê?
- Nem Deus sabe o motivo
- Deus é bom
- Mas não foi bom pra mim
- Todo amor um dia chega ao fim
- Triste- É sempre assim
- Eu desejava um trago
- Garçom, mais dois
- Não sei quando eu lhe pago
- Se vê depois
- Estou desempregado
- Você está mais velho
- É
- Vida ruim
- Você está bem disposto
- Também sofri
- Mas não se vê no rosto
- Pode ser...
- Você foi mais feliz
- Dei mais sorte com a Beatriz
- Pois é
- Vivo bem
- Pra frente é que se anda
- Você se lembra dela?
- Não
- Lhe apresentei
- Minha memória é fogo!
- E o l'argent?
- Defendo algum no jogo
- E amanhã?
- Que bom se eu morresse!
- Prá quê, rapaz?
- Talvez Rosa sofresse
- Vá atrás!
- Na morte a gente esquece
- Mas no amor a gente fica em paz
- Adeus
- Toma mais um
- Já amolei bastante
- De jeito algum!
- Muito obrigado, amigo
- Não tem de quê
- Por você ter me ouvido
- Amigo é prá essas coisas
- Tá...
- Tome um cabral
- Sua amizade basta
- Pode faltar
- O apreço não tem preço, eu vivo ao Deus dará

domingo, 11 de abril de 2010

E por falar em Bethânia...

O show dela é uma declaração de amor:
À música, aos seus fãs, a ela mesma, às suas origens, à vida.
E Maria Bethânia, mesmo fugindo a todos os padrões de beleza impostos, é uma das mulheres mais belas que eu já vi!

Voltando inspirada do show da Maria Bethania...

"Diz-se que quem é feliz no amor
No jogo é infeliz
Mas de quem faz do amor
Um jogo, o que é que se diz?"
- Caetano Veloso

terça-feira, 6 de abril de 2010

E agora?! Eu quero!!!

Alguém que está indo para Londres aceita encomenda?! :(

Porque essa música é a cara de São Paulo...

A SETA E O ALVO
Composição: Paulinho Moska e Nilo Romero

Eu falo de amor à vida
Você de medo da morte
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte

Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta
Te chamo p'ra festa
Mas você só quer atingir sua meta

Sua meta
É a seta no alvo
Mas o alvo na certa não te espera

Eu olho p'ro infinito
E você de óculos escuros
Eu digo "Te amo"
E você só acredita quando eu juro

Eu lanço minha alma no espaço
Você pisa os pés na terra
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era
(espaço)
E o que era?
Era a seta no alvo
Mas o alvo na certa não te espera
(espaço)
Eu grito por liberdade
Você deixa a porta se fechar
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar

Eu corro todos os riscos
Você diz que não tem mais vontade
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade

É a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo na certa não te espera
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada?

Sempre a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo na certa não te espera
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada?

domingo, 14 de fevereiro de 2010

...

A Viajante

Rubem Braga

Com franqueza, não me animo a dizer que você não vá.
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida — e às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados, ficando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio — você que não chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barranca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternos e fatais e, de repente, somem como a nuvem que fica para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, ficaram penando na cidade abandonada. E há também instantes bons, em terra estrangeira, melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de belezas sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele perfil de casas e chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero; aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se fica mais distraído, é de um cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde - torresmo, moleque passando na bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa, você.

Rio, abril de 1952.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Desvendada a mente das mulheres...

"O primeiro me chegou como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens e as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada que tocou meu coração
Mas não me negava nada, e, assustada, eu disse não

O segundo me chegou como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar
Indagou o meu passado e cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada, e, assustada, eu disse não

O terceiro me chegou como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada também nada perguntou
Mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama e me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não
Se instalou feito posseiro, dentro do meu coração"

(Chico Buarque/Maria Bethânia - Teresinha)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Por que?!

ervas daninhas


homens máquinas.

sinto como se fisgassem meu coração.

pq quase todos são assim?

quase com medo de respirar flores.

aniquilaram os jardins por medo de pragas.

e se a praga for uma flor bonita?

soh pq um dia disseram q era praga.

"meu peito tãO dilacerado"... acho q não consigo.

me abraça alguém do bem e me faça sorver vida: vida de verdade.

não esse teatro, não essa tragédia.

essa vida cheia de vírgula.

eu quero um banho de chuva.

eu quero amigos sinceros.

e ervas daninhas no meu quintal.

(Transcrito do blog: http://laterradonunca.blogspot.com/2006/05/ervas-daninhas.html)