segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Torrada!

É um camarão?! É uma lagosta?!
Nããããão!!!
É a Jini-pós-distração-dentro-do-mar-por-hooooras-sem-protetor-solar!
E essa é a cara com que terei que passar meu aniversário... Buááááá!!!
Pelo menos consegui arranjar uma utilidade para a máscara facial que comprei na viagem... Que seja poderosa (porque vai precisar!)!

sábado, 27 de setembro de 2008

Agora uma homenagem real...



Uma homenagem a Paul Newman, para mim um dos homens mais charmosos e talentosos do cinema, que faleceu hoje, aos 83 anos, vítima de câncer do pulmão.

P.S.: Eu gostava tanto de vê-lo atuando que a sensação é, realmente, de perda...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Uma homenagem...


Uma homenagem a meu chefe...
O superior mais inferior que eu já conheci...

"O homem superior compreende o que é certo; o homem inferior só compreende o que pretende impingir."
Confúcio (Kung-Fu-Tse)

"Um radical é alguém que vai longe demais; um conservador é alguém que não vai bastante longe; um reacionário é alguém que não anda."
Thomas Woodrow Wilson

"NADA É MAIS PERIGOSO DO QUE UMA IDÉIA, SE VOCÊ SÓ TEM UMA." Émile-Auguste Chartier

P.S.: Calma, eu não fui demitida! Nem posso! Nem ele tem essa autoridade! A indignação é apenas solidária, pelo que presencio todo dia, pela estupidez e pelo egoísmo... A impressão que dá é de que certas pessoas querem deixar o mundo de castigo, pelas desgraças que sofre/sofreu, pelos traumas que têm... Se não é feliz, como suportar o sorriso e a satisfação estampados no rosto de alguém, não é mesmo?! Morro de dó! Ou não.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Chico Buarque (nunca esquecido)

Nossa! Hoje eu preciso postar Chico, tentando consertar o abandono a que o submeti nesse blog.

"Sem fantasia" (música fofíssima, que adoro também na voz do Caetano!)

"Vem,
Meu menino vadio
Vem,
Sem mentir pra você
Vem,
Mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem,
Por favor, não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu"
- Chico Buarque
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Outra fofura, seguindo a idéia, mas agora do Pixinguinha e João de Barro:

"Carinhoso"

Meu coração
Não sei porque
Bate feliz, quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim, foges de mim
Ah! Se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E muito e muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz
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E ainda seguindo a mesma idéia (estão sentindo que me empolguei?! hehe), Caio F.:

"- Podia esperar de qualquer um essa fuga, esse fechamento. Mas não em você, se sempre foram de ternura nossos encontros e mesmo nossos desencontros não pesavam, e se lúcidos nos reconhecíamos precários, carentes, incompletos. Meras tentativas, nós. Mas doces. Por que então assim tão de repente e duro, por quê?"

"- Seria isso, então? Você só consegue dar quando não é solicitado, e quando pedem algo você foge em desespero. Como se tivesse medo de ficar mais pobre, medo de que se alcance seu centro e nesse centro exista alguma coisa que você não quer mostrar nem dar ou dividir. Contido, dissimulado, você esconde essa coisa, será assim?" (Trechos de "Diálogo, INVENTÁRIO DO IR-REMEDIÁVEL")

"Olha, eu estou te escrevendo so pra dizer que se voce tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o comeco, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engracado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarcar, jogar, esconder, mentir. Eu nao queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, voce não me deixa" (Trechos de "Carta para além do muro")

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pensamentos soltos...

Lendo o post anterior e os comentários que a Adri e a Ju deixaram, estava filosofando...
O trecho do Caio que postei não é uma explícita injeção de alegria, como deveria ser, se minha intenção era colocar alguém "pra cima"... Talvez fosse melhor (e mais óbvio) postar uma música bem animada, tipo: "Whoooooau! I feel good, tan ran ran ran ran ran ran... I knew that I would now...", e vários bonequinhos animados dançando Macarena...
Mas, quando postei, postei com o coração... É que, quando estou triste ou passando por qualquer situação anormal, pode parecer estranho, mas me faz muitíssimo bem ler trechos de escritores (principalmente os meus preferidos) traduzindo o que sinto naquele momento. Sinto uma espécie de cumplicidade e isso me dá um alívio, por saber que eu não sou nenhum ser de outro planeta, por saber que, mesmo conhecidos, mesmo adorados por muitos, essas pessoas sentiam do mesmo jeito, tinham as mesmas fraquezas, os mesmos "ciclos secos" (nas palavras do Caio...), e puderam compreender, bem a fundo (até mais do que eu), o que estou passando.
Ler os comentários de vocês, meninas, me fez sentir, mais uma vez, a sensação de ter sido compreendida. A cumplicidade de que falava é isso aí...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Vai passar

“Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso é, às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ‘estou contente outra vez…” - Caio Fernando Abreu (para a Juliana se animar!)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Um dia...

Um dia eu vou saciar essa minha sede...
Um dia eu vou abrir uma livraria e um café...
Um dia eu vou chegar para trabalhar feliz da vida e vou sair tarde do trabalho mais feliz ainda...
Um dia eu acho as respostas...
Um dia eu te encontro...
Um dia eu me encontro.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sede

Alguém sente falta, assim como eu, de ternura?! Um olhar terno, um carinho terno, um gesto terno... coisas raras hoje em dia...

domingo, 14 de setembro de 2008

Eu ainda acredito que existe a perfeição!

O AUSTRALIANO HUGH JACKMAN: Precisa falar alguma coisa?! O-que-é-esse-homem-meu-Pai-do-céu?!!! Só para completar: ele é família! Sempre é flagrado passeando com a esposa e os filhos! Overdose de perfeição! (E nem vem dizer que é cabeludo ou desleixado demais!!! Quanto mais, melhor!)







O CUBANO ANDY GARCIA:
Homem que, só de olhar, dá vontade de levar para casa, guardar num cantinho bem guardadinho, para ficar lá para sempre! Meigo, doce, sensível, intenso... O vesgo mais lindo do mundo todo! (E nem vem dizer que ele está velho!!! Um verdadeiro vinho (tinto!)... Além de estar, a cada dia que passa, melhor, é meu vício!)

P.S.: Como se tudo isso não bastasse, ainda são talentosííííssimos!



quinta-feira, 11 de setembro de 2008

"É perigoso a gente ser feliz?!"

“O medo sempre me guiou para o que eu quero. E porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo que me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado.”
Clarice Lispector

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

De volta...

Morrendo de vontade de contar cada detalhe da viagem, cada lugar que fui, cada pessoa que conheci, cada gosto que provei, cada cheiro que senti, cada sorriso que dei... Mas o tempo, agora, não me permite. De volta à realidade...
Enquanto isso, mais uma do sempre-perfeito Caio...

PARA UMA AVENCA PARTINDO

Olha, antes do ônibus partir eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende? Olha, falta muito pouco tempo, e se eu não te disser agora talvez não diga nunca mais, porque tanto eu como você sentiremos uma falta enorme dessas coisas, e se elas não chegarem a ser ditas nem eu nem você nos sentiremos satisfeitos com tudo que existimos, porque elas não foram existidas completamente, entende, porque as vivemos apenas naquela dimensão em que é permitido viver, não, não é isso que eu quero dizer, não existe uma dimensão permitida e uma outra proibida, indevassável, não me entenda mal, mas é que a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver, no mais fundo, eu quero dizer, é isso mesmo, você está acompanhando meu raciocínio? Falava do mais fundo, desse que existe em você, em mim, em todos esses outros com suas malas, suas bolsas, suas maçãs, não, não sei porque todo mundo compra maçãs antes de viajar, nunca tinha pensado nisso, por favor, não me interrompa, realmente não sei, existem coisas que a gente ainda não pensou, que a gente talvez nunca pense, eu, por exemplo, nunca pensei que houvesse alguma coisa a dizer além de tudo o que já foi dito, ou melhor pensei sim, não, pensar propriamente dito não, mas eu sabia, é verdade que eu sabia, que havia uma outra coisa atrás e além das nossas mãos dadas, dos nossos corpos nus, eu dentro de você, e mesmo atrás dos silêncios, aqueles silêncios saciados, quando a gente descobria alguma coisa pequena para observar, um fio de luz coado pela janela, um latido de cão no meio da noite, você sabe que eu não falaria dessas coisas se não tivesse a certeza de que você sentia o mesmo que eu a respeito dos fios de luz, dos latidos de cães, é, eu não falaria, uma vez eu disse que a nossa diferença fundamental é que você era capaz apenas de viver as superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo, você riu porque eu dizia que não era cantando desvairadamente até ficar rouca que você ia conseguir saber alguma coisa a respeito de si própria, mas sabe, você tinha razão em rir daquele jeito porque eu também não tinha me dado conta de que enquanto ia dizendo aquelas coisas eu também cantava desvairadamente até ficar rouco, o que eu quero dizer é que nós dois cantamos desvairadamente até agora sem nos darmos contas, é por isso que estou tão rouco assim, não, não é dessa coisa de garganta que falo, é de uma outra de dentro, entende? Por favor, não ria dessa maneira nem fique consultando o relógio o tempo todo, não é preciso, deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço, claro, claro que eu compro uma revista pra você, eu sei, é bom ler durante a viagem, embora eu prefira ficar olhando pela janela e pensando coisas, estas mesmas coisas que estou tentando dizer a você sem conseguir, por favor, me ajuda, senão vai ser muito tarde, daqui a pouco não vai mais ser possível, e se eu não disser tudo não poderei nem dizer e nem fazer mais nada, é preciso que a gente tente de todas as maneiras, é o que estou fazendo, sim, esta é minha última tentativa, olha, é bom você pegar sua passagem, porque você sempre perde tudo nessa sua bolsa, não sei como é que você consegue, é bom você ficar com ela na mão para evitar qualquer atraso, sim, é bom evitar os atrasos, mas agora escuta: eu queria te dizer uma porção de coisas, de uma porção de noites, ou tardes, ou manhãs, não importa a cor, é, a cor, o tempo é só uma questão de cor não é? Por isso não importa, eu queria era te dizer dessas vezes em que eu te deixava e depois saía sozinho, pensando também nas coisas que eu não ia te dizer, porque existem coisas terríveis, eu me perguntava se você era capaz de ouvir, sim, era preciso estar disponível para ouvi-las, disponível em relação a quê? Não sei, não me interrompa agora que estou quase conseguindo, disponível só, não é uma palavra bonita? Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender, melhor, claro que eu dou um cigarro pra você, não, ainda não, faltam uns cinco minutos, eu sei que não devia fumar tanto, é eu sei que os meus dentes estão ficando escuros, e essa tosse intolerável, você acha mesmo a minha tosse intolerável? Eu estava dizendo, o que é mesmo que eu estava dizendo? Ah, sabe, entre duas pessoas essas coisas sempre devem ser ditas, o fato de você achar minha tosse intolerável, por exemplo, eu poderia me aprofundar nisso e concluir que você não gosta de mim o suficiente, porque se você gostasse, gostaria também da minha tosse, dos meus dentes escuros, mas não aprofundando não concluo nada, fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá sem pensar definidamente e nada, mas não, não é isso, eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um dia destes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse, acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas, espera um pouco, eu vou te dizer de todas as coisas, é por isso que estou falando, fecha a revista, por favor, olha, se você não prestar muita atenção você não vai conseguir entender nada, sei, sei, eu também gosto muito do Peter Fonda, mas isso agora não tem nenhuma importância, é fundamental que você escute todas as palavras, todas, e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendo, sim, eu reconheço que muitas vezes falei por metáforas, e que é chatíssimo falar por metáforas, pelo menos para quem ouve, e depois, você sabe, eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem, está bem, eu espero aqui do lado da janela, é melhor mesmo você subir, continuamos conversando enquanto o ônibus não sai, espera, as maçãs ficam comigo, é muito importante, vou dizer tudo numa só frase, você vai ......... ............ ............. ............ .......... ........... ............. ............ ............ ............ ......... ........... ............ ............ sim, eu sei, eu vou escrever, não eu não vou escrever, mas é bom você botar um casaco, está esfriando tanto, depois, na estrada, olha, antes do ônibus partir eu quero te dizer uma porção de coisas, será que vai dar tempo? Escuta, não fecha a janela, está tudo definido aqui dentro, é só uma coisa, espera um pouco mais, depois você arruma as malas e as botas, fica tranqüila, esse velho não vai incomodar você, olha, eu ainda não disse tudo, e a culpa é única e exclusivamente sua, por que você fica sempre me interrompendo e me fazendo suspeitar que você não passa mesmo duma simples avenca? Eu preciso de muito silêncio e de muita concentração para dizer todas as coisas que eu tinha pra te dizer, olha, antes de você ir embora eu quero te dizer quê.